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Sofia Corte Real

Quando a pandemia do coronavírus vai acabar?

Pandemia é o termo usado quando uma epidemia se espalha por diferentes continentes e se

sustenta a partir da transmissão de um indivíduo para outro. Ainda não é possível prever quando a

pandemia do novo coronavírus irá acabar. Embora já existam vacinas, não se sabe quanto tempo

dura a imunidade que elas oferecem e até mesmo se as novas variantes do vírus serão resistentes

aos imunizantes já desenvolvidos.

A tendência natural é que, ao longo do tempo, aumente a proporção da população já vacinada, e

deste modo se circule menos o vírus, chegando a níveis endêmicos, onde tenhamos mais controle e

entendimento do comportamento epidemiológico da COVID-19.


O número de casos tende a diminuir ao longo do tempo?

Os cenários apontam para fases de transmissão, as chamadas “ondas”. Ora o número de casos se

reduzirá, ora será mais acentuado.

De acordo com os estudos, o desafio será gerenciar a doença ao longo desse período, evitando um

colapso do sistema e saúde, enquanto a maior parte da população não está vacinada, e ainda

encontramos um cenário onde surgem variantes do coronavírus.


Como serão essas “ondas” da COVID-19?

As “ondas” se referem a movimentos cíclicos, de tamanhos variáveis, que oscilarão entre períodos

com número variáveis de casos, ora menores, ora maiores.

O que se espera, é que, com o avanço na vacinação da população, atingindo altas proporções na

população, em torno de 60-70% da população, de fato se observe uma importante diminuição da

circulação do vírus, diminuindo a amplitude destas ondas, tornando então a COVID-19 uma doença

de comportamento endêmico, mais constante e linear.


O que é imunidade de rebanho ou imunidade de grupo?

Imunidade de rebanho ou imunidade de grupo ocorre quando a maior parte da população já teve

contato com o vírus e produziu anticorpos específicos contra ele. Esse grupo, que estaria imune, não

transmitiria mais o vírus para outras pessoas, fazendo com que o vírus circule menos na população.

Dessa forma, o contágio estaria mais controlado, tendo um comportamento endêmico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a busca por uma imunidade de rebanho

antes da existência de uma vacina. Um dos motivos é que ainda não se sabe se uma pessoa que já

foi infectada está imune a um novo contágio do coronavírus. Além disso, a contaminação leva a um

risco de uma evolução desfavorável, podendo se apresentar como uma formas graves da doença.


O isolamento e o distanciamento social continuam importantes?

Sim. O isolamento (separação de pessoas doentes das não doentes), o distanciamento social

(redução da interação entre as pessoas; distância de pelo menos 1,5 m) e o uso de máscara ainda

são os métodos mais eficientes de controle de transmissão do novo coronavírus. Pelo menos até que

a maioria da população esteja imunizada através da vacinação.


Calor reduz a propagação do vírus?

Ainda não existem evidências suficientes que indiquem que a propagação do vírus é desacelerada no

verão ou que é mais lenta em países tropicais, como o Brasil.

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