Consequências dos cuidados intensivos
Uma vez ultrapassada a Covid-19, estes doentes podem precisar de fisioterapia
para voltar a levantar os braços e pernas, sentar-se sem apoio, andar, ou mesmo
falar e engolir.
Fadiga pós-viral
Muitos doentes que se mantiveram infetados pelo novo coronavÃrus durante um
longo perÃodo de tempo reportaram sentir fadiga, dores musculares e dificuldade
de concentração.
Danos em vários órgãos
Dificuldade em respirar, tosse ou pulso acelerado podem ser indicadores de
danos no tecido de vários órgãos em doentes recuperados da Covid-19.
Problemas a longo prazo nos pulmões e coração são os mais frequentes, em
alguns doentes também se verificaram danos no fÃgado e pele.
Outras infeções virais
Um estudo publicado na revista cientÃfica The Lancet aponta como eventuais
efeitos colaterais a longo prazo da Covid-19 o surgimento de outras infeções
virais, como mononucleose, sarampo e hepatite B.
Sintomas idênticos aos sentidos durante a doença
O mesmo estudo enumera uma lista de queixas a longo prazo muito idêntica à s
sentidas durante a fase aguda da doença.
Há relatos de quem, mesmo depois de recuperar da doença, sofreu de: fadiga
extrema; fraqueza muscular; febre baixa; incapacidade de concentração; lapsos
de memória; mudanças de humor; dificuldades em dormir; dores de cabeça; dor
semelhante a picadas de agulhas nos braços e pernas; diarreia e vómitos; perda
de paladar e olfato; dor de garganta e dificuldade para engolir; reaparecimento
de diabetes e hipertensão; erupção cutânea; falta de ar; dores no peito e
palpitações.
Saúde mental
Os doentes recuperados da Covid-19 podem ser vÃtimas de depressão, ansiedade,
insónias e stress pós-traumático. Nos doentes mais velhos, os investigadores
ainda estão a tentar determinar se a Covid-19 pode acelerar a deterioração
cognitiva em pessoas com demência.
Danos cerebrais
Segundo os investigadores, quando o novo coronavÃrus entra no cérebro, ataca
células responsáveis pelos processos metabólicos, dificultando a produção de
energia e a nutrição dos neurónios e podendo levar, consequentemente, à morte
do tecido cerebral.