Segundo os cientistas, apesar de não ser um organismo vivo, o novo coronavírus tem vida própria.
Consegue replicar-se, infetar e adaptar-se às condições que o rodeiam. É esta capacidade de
adaptação que explica as mutações e o aparecimento de novas variantes em diferentes regiões do
mundo.
Até hoje existem três variantes mais abundantes, encontradas no Reino Unido (B.1.1.7), da África do
Sul (501Y.V2) e no Brasil (P.1)
Estudos indicam que a variante vinda do Reino Unido pode ser 70% mais mortal que as anteriores,
até as pessoas que estavam entre baixo risco de contrair a COVID19, estão agora a apanhá-la e a
acabar no hospital. É considerada a mais contagiosa.
No Brasil, originou-se uma nova variante, com muito mais risco de transmissão, esta variante já
sofreu 12 mutações, sendo que uma delas está presente nas variantes do Reino Unido e na da África
do Sul.
A variante da África do Sul não apresenta uma maior taxa de morbilidade embora o aumento da
pressão do sistema de saúde possa estar por detrás de mais mortes, sendo também muito mais
transmissível, como acontece com as outras variantes referidas. Tendo maior risco de transmissão
afeta também muito os jovens.
Embora, em média, o vírus sobreviva dez dias no organismo humano, há estudos que apontam que
alguns doentes continuem infetados pela COVID-19 durante várias semanas. Assim, enquanto o
organismo tenta combater o vírus, a resposta imunitária obriga o vírus a sofrer mutações, em prol da
sua sobrevivência. Estima-se, por isso, que enquanto o SARS-CoV-2 continue a infetar mais pessoas
pelo mundo, venha a sofrer ainda mais mutações e se torne cada vez mais resistente.
No entanto, a existência das novas estirpes identificadas até à data não parece comprometer a
eficácia das várias vacinas já existentes.